Anorexia espiritual.
Anorexia espiritual.
 |
| Fonte: Extremo Sul Gospel |
Em Ezequiel no capítulo 37 é narrado um panorama de cunho histórico-espiritual do povo hebreu; a visão profética dos exilados era aterrorizante, um vale esquelético se formava sob os céus.
Antes dessa situação, o circo já estava armado, quando desprezaram o oráculo divino enunciado por Jeremias e passaram a acreditar em Hananias, um pseudo-profeta que massageava o orgulho do povo e principalmente da nobreza judaica, auto-declarante “filhos de Abraão”. Como conseqüência dessa postergação, foram conquistados pelo caldeu Nabucodonosor em 605 a.C e deportados para a emergente potência econômica e bélica, a Babilônia, localizada no território do atual Iraque.
Antes dessa situação, o circo já estava armado, quando desprezaram o oráculo divino enunciado por Jeremias e passaram a acreditar em Hananias, um pseudo-profeta que massageava o orgulho do povo e principalmente da nobreza judaica, auto-declarante “filhos de Abraão”. Como conseqüência dessa postergação, foram conquistados pelo caldeu Nabucodonosor em 605 a.C e deportados para a emergente potência econômica e bélica, a Babilônia, localizada no território do atual Iraque.
Logo no início do livro, Ezequiel diz que estava nas margens do rio Quebar, um canal navegável ligado ao importante rio Eufrates, dessa forma estavam ao sudeste da Babilônia a cerca de 80 km. Não é de se admirar que o povo hebreu, continuasse sofrendo, pois a mensagem de Jeremias retinia nos ouvidos da memória judaica como uma verdade inconteste, e não tinham mais um oráculo divino para ouvir. As vistas dos anciãos estavam incrustadas de saudosismos e arrogância e as dos mais jovens, de obstinação sem direção, por isso continuavam esquecidos da presença do Senhor (Ez 2.3,4), era o que denominamos de anorexia espiritual.
Eles não queriam se alimentar da palavra da tradição oral e nem buscavam o oráculo divino com um coração arrependido, antes preferiam gastar as últimas reservas de gordura da sua fé. Como conseqüência o laboratório satânico estava lotado de pacientes que queriam fazer a lipoaspiração da fé. Foi assim que se deu a visão do vale da anorexia espiritual.
Semelhantemente quando a Pessoa de Cristo é “expulsa” do centro do culto cristão, se viverá, também, de lendas, saudosismos e ilusões da fé. Expressões características se amontoam, “bom era naquele tempo”, “Deus vai ter que fazer” e isso se transforma em uma despista para não se permitir o retorno de Cristo. Mas a anorexia espiritual pode deixar de ser uma patologia, quando há permissibilidade humana para o enxerto da gordura do Carneiro no corpo derrotado pelos pretéritos da fé. Foi isso que sucedeu ao povo do profeta de chamada exílica, embora entenda-se o total cumprimento de Ez 37.7-9 a partir do ano de 1948 com a formação da República de Israel e seu reconhecimento internacional, percebesse pela tradição histórica que aquele povo experimentou o fortalecimento da saúde espiritual entre os hebreus pós-exílicos. Foi isso que vislumbrou o profeta, quando estavam mudos no rio Quebar, “Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte...” (Ez 1.4). Ele fez questão de demonstrar que estava vindo do território judaico para refrigerar os espíritos do homens anorexos, isso tinha um sentido pujante, pois não era o povo que ia a sua terra, era Deus que deixava a terra de sua promessa ao patriarca Abraão e caminhava a alojar-se entre os exilados.
Toda essa história de envolvimento com a anorexia espiritual é uma semelhança da história da igreja moderna. O protestantismo está em crescimento nas terras da América do Sul, principalmente nas brasileiras, cujos templos estão lotados. Tudo isso causa um certo orgulho social, um prestígio entre as camadas mais desenvolvidas economicamente, um mensagem massageadora de ego e um desvio de interpretação textual e comportamental entre os cristãos. Já são tão normais frases do tipo “coloque Deus na parede”, “Deus tem que fazer”, que isso já é quase um “slogan” protestante. Já se ouvi absurdos “Deus vai fazer, se não fizer, me desvio”. Tudo isso é uma obstinação incrédula, que tem passeado em diversos púlpitos. Essa mistificação do “paredão” contra o Senhor Jesus Cristo deve ser abandonada pelos que se submetem ao Guia Espírito Santo.
PENSE NISSO...
